domingo, 31 de maio de 2009

Tocando para mudar: paz através da música



Música é aquilo que abre as portas para conectar as pessoas.
Política e religião tendem a colocar as pessoas em lados separados...
Mas, a música tem o poder de unir a todos!

A linguagem da música é universal, entendida por qualquer um. Com a música você pode atingir todo o mundo. As pessoas vão te escutar e vão te entender, não importa onde você esteja.

Foi com esse conceito na cabeça que o produtor e diretor Mark Johnson viajou com a sua equipe ao redor do mundo e registrou músicos todos executando a mesma música: África, Índia, Tibet, América do Sul, América em geral, Europa... todos unidos pela mesma linguagem: a musical, a que toca direto no coração!


O resultado desse trabalho são vídeos musicais dos mais lindos e comoventes. Uma qualidade musical impressionante! A maioria dos músicos não se conhece pessoalmente. Esse trabalho vai virar um documentário (mal posso esperar para vê-lo na telona) e do lado social, eles também vêm fazendo um trabalho lindo: construindo escolas, criando cursos de música, oferecendo recursos para projetos musicais, dando esperança a comunidades muito pobres e carentes, dando visibilidade a artistas talentosos, mas sem recursos para se promover.

O primeiro vídeo produzido foi da linda música do imortal John Lennon "Stand by Me". como ele fala no início do vídeo:
"Esta música diz que não importa quem você seja, não importa onde você vá na sua vida, não importa o quanto de dinheiro você tenha, não importa a quantidade de amigos que você tenha... em algum momento da sua vida.. você vai precisar de alguém que fique ao seu lado"


“No matter who you are
No matter where you go
In life
You’ll need somebody
To stand by you
No matter how much money you got
Or the friend you got
You gonna need somebody to stand by you

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we’ll see
No I won’t be afraid, no I won’t be afraid
Just as long as you stand, stand by me"

sexta-feira, 29 de maio de 2009

E morra o "jeitinho brasileiro"!!! \o/

Uma das coisas que me chamou a atenção no meu séjour na França foi comprovar (a partir da observação do comportamento da média dos franceses) como a maioria dos brasileiros não tem o menor pudor em burlar pequenas regras e cometer "pequenos" delitos.. mas tem uma dificuldade gigantesca em brigar verdadeiramente pelos seus direitos. Quem briga pelos direitos é chato.. quem comete pequenas malandragens.. ah, bem... não tem nada demais, né? Ou tem??

Na Wikipedia encontrei o seguinte texto (com algumas pequenas adaptações) sobre um produto tipicamente made in Brasil: O Jeitinho Brasileiro.

"Jeitinho" é uma expressão tipicamente brasileira e representa um modo de agir usado para driblar normas e convenções sociais.
Em geral, é uma forma de navegação social tipicamente brasileira, onde o indivíduo pode usar recursos emocionais, como apelo e chantagem emocional, laços emocionais e familiares, recompensas, promessas, dinheiro, e outros, visando obter favores para si ou para outra pessoa.
Às vezes pode ser confundido com suborno ou corrupção.
O indivíduo em geral, sabe que não é certo fazer determinada coisa e a faz. Porém, quando chega a punição é "dado um jeitinho" de se esquivar da responsabilização pelo ato, algo como "varrer a sujeira para baixo do tapete".

Alguns exemplos desses "pequenos" pecados:

  • Pagamento de taxa, para ser aprovado no exame para tirar a carteira de motorista, mesmo não sabendo dirigir com segurança.

  • Dar dinheiro para o guarda de trânsito anular a multa. Normalmente, para não ser preso ou não pagar a multa, usa-se a frase "tem como dar um jeitinho?"

  • Deixar tudo para a última hora: pagamentos, inscrições e, também, responsabilidades.

  • Considerar que o honesto é um paspalho e que o malandro é o bonzão. Tratar honestidade com desprezo e louvar o "se dar bem" como um estilo de vida.

  • Trabalhar pouco e querer ganhar muito, querer que os outros trabalhem em seu lugar e que paguem suas despesas.

  • Baixar músicas, filmes ou ter softwares pirateados, e não pagar um só centavo aos produtores.



Adeptos do jeitinho brasileiro e da Lei de Gerson (a tal do levar vantagem em tudo) são os responsáveis diretos pela onda de corrupção explícita que reina nesse país.

Sonho com o dia em que ser ético seja legal, e que devolver uma carteira cheia de dinheiro ao verdadeiro dono não seja visto como ato de heroísmo!



Precisamos dar um jeito no "jeitinho"!

Ética Já!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dina Tavares: um pedacinho da sofisticação francesa na ginga da Bahia


"Mesdames et messieurs! pardonez-moi de vous déranger pendant votre trajet..."


Esta semana fui a um show absolutamente lindo demais, com uma artista meio baiana, meio francesa, totalmente brasileira e globalizada, chamada Dina Tavares.
O local escolhido para o show já era um luxo só.. um espaço alternativo, com cheirinho de arte por todos os poros.. a pirâmide cultural do Rio Vermelho. Gente diferente e, por isso mesmo, bonita de se ver, em um cantinho super intimista, no restaurante Tom do Sabor.

Conheci o talento de Dina da maneira mais agradável possível, durante as gravações de vozes para o coro em um disco de um amigo em comum. Ali, participando com ela do processo criativo de arranjos de canções, já percebi o seu talento e amor pela música.. as interações eram sempre muito ricas.. era um privilégio enorme dividir o mesmo espaço e microfone com ela e ver como funciona as "viagens" de um artista da música em processo de criação.. como surgem as idéias, as inspirações.. e como coisas aparentemente sem muito sentido, a princípio, viram magia quando aplicadas no tempo e tom certos..

e foi com essa predisposição que fui ao show de Dina.. não me surpreendi com a beleza do trabalho... não esperava nada diferente em termos de qualidade e novidade.. o que me surpreendeu ou me causou muita emoção, foram os cuidados com os detalhes.. a sutileza das canções.. o luxo dos arranjos e instrumentos.. a qualidade dos músicos que a acompanha.. a felicidade e talento dela totalmente expostos.. e a mistura totalmente casada da sofisticação francesa, presente na maioria das letras, com a ginga baiana/brasileira, que dava o tom das melodias... até parecia que o nosso ritmo foi feito para também ser cantado em francês.. quem não entendia nada de francês até conseguia acompanhar junto.. e mesmo não sabendo todas as palavras sabiam exatamente do que se tratava.. e se não soubesse, se emocionava do mesmo jeito..

difícil enumerar o que foi mais bonito no show.. fico com o conjunto da obra.. Dina feliz, leve, transmitindo essa alegria em estar de volta à casa... ela muitas vezes em suas canções fala sobre o frio do inverno europeu e das angústias de ser uma estrangeira.. e muitas vezes somos também estrangeiros ao voltar pra casa.. entendo bem o que ela canta, já passei por isso.. também sei quem eu sou, mas não sei mais de onde vim..

Para quem não conhece, vale a pena conhecer..
Baianos! nova chance de ver Dina no Teatro Gamboa Nova, dias 10 e 17 de junho.. Imperdível!

nesse mundo de "arrochas", "Kellies Keys", vulgaridades nas letras, pobreza de arranjos e apologia ao emburrecimento, é um bálsamo ouvir música desse nível feita com tanto cuidado..
mas é preciso ter ouvidos atentos, que não apenas escutem, mas ouçam..

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Belém: Isso aqui é um pouquinho de Brasil iáiá..


A Região Norte do Brasil sempre foi uma terra estrangeira pra mim. Parecia sempre tão distante e inacessível!
A exemplo de muitos dos meus conterrâneos brasileiros, que vivem mais próximos desse lado de cá do Atlântico, sempre vi essa região com olhares (devo confessar, com uma certa vergonha) preconceituosos. Imaginava um lugar de muita pobreza, subdesenvolvido, sem atrativos realmente interessantes pra ver ou fazer... não fazia realmente parte dos meus sonhos de consumo turísticos..
Inclusive, tenho uma amiga que pelos idos de 2000, quando eu partia para o mestrado na cidade maravilhosa (essa sim, berço da civilização, aos meus olhos), ela partia para Belém para ganhar um salário dos sonhos trabalhando com computação para celular. Na época, eu pensei que o alto salário não pagava o alto custo de se isolar em uma região tão pouco atraente...

Bem, ledo engano. Ignorância total!!



Hoje, quase 10 anos depois, essa minha amiga já não está mais em Belém e eu estou de volta ao ponto exato de onde parti. E com os olhos que tenho hoje, finalmente pude dar cores às imagens ofuscadas que tinha dessa rica e interessantíssima região, à qual eu só conhecia "de ouvir falar".

E qual não foi a minha grata surpresa!! Belém é uma cidade que merece ser vista, ouvida, sentida, cheirada, mas principalmente saboreada!

Uma profusão de cores, sabores, texturas, aromas (o cheiro do Pará), histórias, cultura, sensualidade com as suas danças típicas e lendas como a do boto cor de rosa (até hoje, tem pessoas que juram serem filhos do boto).



O cheiro da Amazônia é sentido por todo o lado no Mercado Ver-o-Peso, com a sua diversidade de essências, plantas e frutas, totalmente exóticas, das quais nunca ouvi falar e nem provar, como o bacaba, bacuri, pupunha, tucumã, murici, piquiá e taperebá. E outras que são nossas velhas conhecidas como açaí (o ouro negro do Pará), cupuaçu e castanha-do-pará.

E os sabores da riquíssima cozinha paraense (para mim comparável, no Brasil, em riqueza de sabores apenas à culinária baiana). O tacacá, tucupi, derivados da maniva (folha da mandioca, que tem que ser cozida por pelo menos 4 dias para retirar todo o ácido cianídrico que ela contém, um veneno que pode levar à morte por intoxicação - impossível não tentar imaginar quantos índios morreram envenenados até que conseguissem identificar o ponto exato do cozimento dessa folha), o vatapá paraense (que mais parece o nosso bobó de camarão baiano com coentro, mas igualmente muito saboroso)..


e os peixes!!
Ah, os peixes de Belém merecem uma atenção especial!!
Nunca, jamais passe por Belém sem provar os maravilhosos peixes de lá!! Como ficar indiferente ao Pirarucu, à .. e ao imbatível "Filhote", o grande orgulho deles. Não pense que estamos sendo ecologicamente incorretos ao comer um Filhote! não! não se trata de um bebezinho de peixe (minha diretora, inclusive, só aceitou comer o peixe quando se certificou de que não se tratava de um peixe-bebê)..

"Filhote" na verdade é um peixe que pode pesar até 40Kg! Um peixão chamado Piraíba, pode atingir até 300Kg!! Quando esse peixe está nos seus 20Kg a 40Kg ele é o tal "Filhote". A carne da Piraíba adulta não é muito apreciada porque ela fica fibrosa. E a carne da Piraíba "Filhote" é extremamente suculenta, macia e gostosa!! Tipo assim: Imperdível! Te desafio a me provar que já comeu peixe igual!



Do lado negativo, um ponto que me marcou bastante nessa ida a Belém foi visitar as duas margens opostas do Rio que circunda Belém. De um lado a riqueza dos pontos turísticos muito bem espelhada na exuberância burguesa da Estação das Docas. Do lado exatamente oposto de Belém, as ruas de palafitas. Casas, comércios, garagens, tudo construído com madeiras em cima de um córrego que passava. Poderia ser fashion, como uma Veneza brasileira, mas não me soou dessa forma. Fiquei um pouco chocada e imaginando como seria o dia a dia daquela quantidade enorme de pessoas. Em um novo retorno a Belém gostaria de explorar melhor essas características da cidade para entender um pouco mais.


Um outro fato marcante foi ter tido a oportunidade de conhecer um pouco mais da população ribeirinha... aqueles que vivem em comunidades às margens do Rio.. em um passeio pelos furos e igarapés pude ver de perto como é a vida desse povo que sabe bem a importância da natureza para a sua sobrevivência.

mas, fato é que antes de conhecer Belém, nunca, jamais, fez parte dos meus sonhos de consumo ir até a Região Norte. E agora, depois de ter passado rapidamente por lá, mal posso esperar pela hora de voltar, dessa vez como turista e encarar a região Amazônica em toda a sua essência e explorar melhor os grandes atrativos dessa cidade encantadora. Assim como suas lendas, com o boto e a morena do carimbó, seus artesanatos marajoara, e a sabedoria indígena e do povo ribeirinho, que dá aulas ao doutor sobre como viver em comunhão intensa com a natureza.




Algumas das fotos que tirei em Belém estão em:
http://picasaweb.google.com.br/vaninha.vieira/WorkshopDeTIBelemDoPara#

Outras fotos lindas de Belém podem ser encontradas nesse site:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=861806

Veja no vídeo abaixo uma amostra da música e dança do Pará, na lenda do Boto Cor de Rosa. Repare na sensualidade da dança! Devo confessar que lá no Pará, durante a apresentação que assisti eu também fui uma das vítimas do boto!! :-)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Santiago do Chile: Impressoes sobre a cidade e a vida jovem de albergues...



Uma das coisas que me chamam a atenção quando nos hospedamos em albergues da juventude em países estrangeiros é a riqueza de culturas às quais somos expostas. Aproveitar essa oportunidade de interação é um momento único para refletir sobre nós mesmos a partir da observação do outro: suas visões, suas culturas, seus valores, seus medos, seus anseios, seus sonhos, seus encantos.


Nessa ida a Santiago do Chile, o que ficou mais vivo em minha memória não foi a Plaza de Armas e o ir e vir de pessoas e turistas, e os velhinhos jogando xadrez... não foi a maravilhosa rua Lastarria, com seus cafés, teatros, galerias, lojas de artesanato e artistas de biotipos os mais diferentes..

não foi a agitada Bellavista, com seus dias calmos de casas coloridas, e suas noites animadas, cheias de gente querendo se divertir e amar livremente..


não foi o culto à poesia, estampada em paredes, menus, livros, revistas, calçadas, por meio dos versos inspiradores de Pablo Neruda, e suas casas que por si só são pura poesia e declarações de amor à sua Matilde (La Chascona)..

não foi o Mercado Central e a imensa variedade de mariscos, moluscos, peixes e crustáceos, dos quais certamente nunca ouvimos falar aqui no Brasil (alguém aí já comeu um Centollas, Locos, Cangrio, Ceviche, ... ? se não, deve!!)


não foi a visão poluída de um Andes quase invisível visto do alto do Cerro Santa Lucía, ou das luzes de uma moderna Santiago vista à noite do Cerro San Cristóbal...


não foram as diversas peças de jóias e artesanatos feitos em Lapis Lázuli, uma pedra azul que só existe no Chile e no Afeganistão...



não foram as pratarias mapuches, lembranças de um povo orgulhoso e guerreiro, que dominou essas terras antes que o Pedro Valdívia e sua trupe lá chegassem, a partir dos Andes..

não foram as várias imagens dos Moais que lembram a integração da Ilha de Páscoa ao território chileno..



não foi a hipocrisia de um povo ultra conservador, altamente influenciado pela igreja, e que toma café às 10 da manhã servido por jovens moças de pernas expostas e pinturas fortes, em trajes bastante ousados, aos olhares gulosos dos homens de negócios nos seus ternos, nos famosos "Café con piernas"...


não foram as impressionantes múmias do Museu Pre-Colombino, quase 2000 anos mais antigas do que os exemplares egípcios.. e o vasto acervo histórico, artístico e cultural sobre esse povo incrível que habitou os Andes muito antes dos europeus aqui chegarem..

não..

o que eu vou levar mais forte dentro de mim dessa viagem, dessa experiência, foi vivido na rua Monjitas, 506, exatamente em frente à saída do metrô Bellas Artes: o Andes Hostel. Ali, durante 7 dias pude conhecer, conviver e me encantar com uma diversidade de pessoas e acontecimentos que tornaram a visita a Santiago não apenas um momento de lazer e turismo, mas uma experiência forte de auto-análise e auto-conhecimento. Nesse período, passaram pelo quarto 32:

- brasileiras (muitas!) em viagem de turismo (aproveitando o 21 de abril e o 23 de abril para as cariocas - feriado de São Jorge, pra quem não sabe) ou em viagens de trabalho (como eu);

- indiana nascida nos EUA que abandonou emprego, namorado indiano, apartamento, móveis, família e se lançou por 6 meses em busca de si mesma em uma viagem pela América do Sul enquanto reflete se deve ou não ceder aos apelos culturais para realizar um típico casamento indiano;

- galesa de 18 anos que, falando um inglês quase incompreensível para nós latinos, enfrenta os desafios de desbravar sozinha novos horizontes, em uma experiência de 6 meses antes de começar a faculdade.. é o jeito deles de conhecer melhor sobre si mesmo e o mundo, antes de começar a vida adulta..

- alemã vinda de 6 meses no México, e há um ano longe de casa, que cansada da vida sem graça de farmacêutica, resolve se lançar pela América Latina, e para mergulhar na cultura local mais fortemente resolve trabalhar em fazendas de produtos agrícolas em troca de casa e comida;

- sul coreana viajando pela primeira vez, encantada com a espontaneidade latina;

- canadense morando nos EUA, que sempre responde à pergunta de onde você é dizendo sou do Canadá, antes de dizer: moro nos EUA.. pois sabe q ser norte-americana em terras latinas nunca é muito fácil.. o legado Bush ainda deixou suas marcas..

- escocesa, artista de rua, a diferente da família, que admira os trabalhos dos artistas de muro de São Paulo, tido como um dos melhores do mundo, e que me fez parar para observar com mais atenção os muros pichados, ops pichados não.. as artes expostas nos muros da cidade.. ao me explicar o quão difícil e planejado são essas pinturas não posso mais ficar indiferente a elas ao andar pelas cidades cinzentas..


- e além das meninas do 32, chilenos (a recepcionista mal humorada, frustrada em não poder exercer sua profissão de psicóloga), muito mais brasileiros, australianos, ... completam a torre de Babel..

Esses encontros com conversas altamente intensas em trocas de experiências, me levaram a refletir sobre valores, culturas, sobre o que é bom e o que é ruim em cada localidade, e especialmente o que é bom e o que é ruim em ser latina em geral, e brasileira em particular.



A conclusão a que cheguei foi: preciso sair mais vezes do Brasil e preciso mesmo fazer uma aventura dessas de me lançar por um mês, dois ou muito mais passando por diferentes países, vivendo mais dessa vida louca vida jovem de albergues. E gostaria, muito, de escrever um livro que fale sobre essas pessoas, esses jovens tão corajosos e tão ricos em vivências e sentimentos, e como esse tipo de viagem é capaz de mudar a vida de uma pessoa para sempre..



A pensar!

(Mais fotos disponíveis em http://picasaweb.google.fr/vaninha.vieira/SantiagoChile)

"Take me out tonight
Where there's music and there's people
who are young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one anymore"