domingo, 23 de fevereiro de 2020

Quem Sou Eu?


Quem Sou Eu?
De onde Vim?
Porque vim?
Porque estou aqui?
O que me faz feliz? ou triste?
O que dá sentido à minha existência?
Quanto tempo ainda tenho para realizar?
E o que é mesmo que preciso ainda realizar?
A Terra me nutre.
Me conecta a emoções básicas muito profundas e dolorosas.
Recebo a nutrição, mas percebo um anseio muito forte em lutar, em sobreviver.
O outro é um inimigo. Preciso combatê-lo! Preciso fugir dele!
É perigoso viver aqui! É frio! É ameaçador!
O toque do meu corpo com a Terra desperta a fome interna.
Um lamento profundo.
Luto para me locomover.
Me escondo e fujo do contato com o outro.
Percebo outros seres movendo-se em minha direção.
Parecem querer o meu contato. A minha presença. A minha companhia.
Ofereço o mínimo de mim. O outro é ameaça. O outro quer tirar algo de mim.
Não posso permitir o contato. Não posso permitir que se aproxime.
A fúria interna me assola e me domina.
Quero atacar para me defender.
Me sinto só.
Doi estar em contato. Doi estar só.
É ameaçador estar em contato. É triste estar só.
Meu estômago doi quando o outro se aproxima. Sinto o perigo. Me protejo.
O coração doi quando o outro se afasta. Me encolho na caverna.
Pensamentos aparecem. Analiso quem sou e meu comportamento.
Questiono essa dualidade que me conduz.
Desejo interromper esse fluxo e ser mais presença e mais presente.
Reflito que posso e que é seguro permitir que o outro se aproxime
com o que tem e pode oferecer,
se eu reduzir as minhas expectativas e ansiedades,
de que seja exatamente do jeito que eu quiser.
O outro não é o inimigo, diz a minha mente,
a dificuldade em estabelecer e defender limites sim;
a mania de criar expectativas exageradas,
a característica de fugir da realidade,
de não enxergar a vida exatamente como ela é, e o outro exatamente como é,
e o lápis cor de rosa pintando histórias e criando ilusões para massagear o ego
que me tiram da realidade do aqui e agora, da vida real, e projetam fantasias
Quando consigo me conecta ao amor, à compaixão, e à empatia
usando o córtex neo frontal que possuo,
olhar para o outro torna-se fácil, seguro e natural.
Não preciso desviar o olhar.
Não preciso que ele/ela me olhe de volta.
Apenas olho, aprecio,
e entrego o sentimento mais puro que posso oferecer naquele momento
E dessa oferenda me nutro e me permito ser também
esse olhar doce e amoroso pra mim.
Para o que dou conta nesse momento.
Apenas o que dou conta nesse momento.
Perdoando toda a incapacidade de ser mais e celebrando não ser menos.
Sou o que aqui se apresenta.
Consciente de que daqui a pouquinho posso nem ser mais.
Porque outra coisa já chegou e tomou esse lugar.
E tudo bem!
Tudo fluindo na direção do bem  viver. Do bem estar.
Do bem amar. Do bem maior. Do bem. Do querer bem.
Me amo! Nos Amo! Amo! Sou Amor!
É isso o que eu sou!
É isso o que eu vim manifestar aqui!
AMAR!
Esse é o meu propósito na Terra.

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